quinta-feira, 24 de março de 2011

As contas do meu terço

Esse texto encontrei na última página de uma Revista do Capitão Rapadura há muito tempo atrás. Cortei da revista e desde então está colado na porta do meu guarda-roupa.
O autor é o Mino e a simplicidade e otimismo do texto me contagiam.

As Contas do Meu Terço
Mino

E todo dia ao acordar, saudarei o sol e sentirei o 
vento da alvorada e a energia dos quatro cantos da terra. 
E o sal que ele traz dos oceanos distantes e das 
praias próximas, temperará meu dia com o sabor do novo.
 
Hoje...quem diria...o futuro do ontem...o ontem do amanhã.
Por isso, darei bom dia a mim mesmo e repetirei 
diante do espelho que me fita, o quão maravilhoso sou, 
por ser uma criatura projetada pelo amor divino. 

E agradecendo ao Criador por mais um dia, 
a caminho de onde for rezarei, louvando, bendizendo e pedindo.
Fazendo o bem a cada ser humano que 
encontrar, eis as contas do meu terço.
Retribuindo o mau humor de alguns 
com o meu sorriso, eis a minha penitência.
 
Deixarei a minha imaginação solta, meus pensamentos livres, 
para que o meu espírito possa dançar.
Mas no roçado da minha mente, cuidarei de capinar 
o mato do pensamento daninho, pra que só 
frutos positivos possam germinar e crescer.
 
Sim, farei coisas boas. Serei perfeito nos mínimos detalhes. 
Talvez não consiga cumprir cem por cento 
tal performance, mas tentar é a perfeição.
Arrumarei minhas gavetas, 
minha mesa e meus planos.
Com muito gosto trabalharei.
Comerei boa comida em mesa bem posta e com 
calma mastigarei, só pensando em coisas boas. 
TV desligada, rádio mudo, nada de jornal. 
Problemas para depois, eis o menu do dia.
Na hora do banho, dançarei uma dança suave e doce como a água.
 
E após o dia se esconder no sol do poente e a 
noite chegar vestida de estrelas, perfumado e limpo, rezarei.
Assim, ao deitar, Deus estará comigo em meu sono e meus sonhos.

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